Câncer de Ovário
O câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero (INCA). A quase totalidade das neoplasias ovarianas (95%) é derivada das células epiteliais (que revestem o ovário). O restante provém de células germinativas (que formam os óvulos) e células estromais (que produzem a maior parte dos hormônios femininos).
O que Aumenta o Risco
Idade - A incidência de carcinoma epitelial de ovário aumenta com o avanço da idade.
Fatores reprodutivos e hormonais - O risco de câncer de ovário é aumentado em mulheres com infertilidade e reduzido naquelas que tomam contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) ou que tiveram vários filhos.
Por outro lado, mulheres que nunca tiveram filhos parecem ter risco aumentado para câncer de ovário.
A menarca (primeira menstruação) precoce (antes dos 12 anos) e a idade tardia na menopausa (após os 52 anos) podem estar associadas a risco aumentado de câncer de ovário.
A infertilidade é fator de risco para o câncer de ovário, mas quando realizada a indução da ovulação para o tratamento da infertilidade não se demonstra aumento do risco de desenvolver a doença.
Já na terapia hormonal para mulheres pós-menopausa o risco de câncer de ovário aparenta ser pequeno.
História familiar - Histórico familiar de cânceres de ovário, colorretal e de mama está associado a risco aumentado de câncer de ovário.
Fatores genéticos - Mutações em genes, como BRCA1 e BRCA2, estão relacionadas a risco elevado de câncer de mama e de ovário.
Excesso de gordura corporal - Aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de ovário.
CLASSE TERAPÊUTICA - INIBIDORES DE PARP
Os medicamentos dessa classe terapêutica atuam inibindo enzimas relacionadas às mutações BRCA1 e BRCA2 presentes no desenvolvimento de câncer de ovário.
Como funcionam os inibidores de PARP?
Com a mutação identificada, o tratamento inicia-se com a quimioterapia e o inibidor de PARP é utilizado como uma manutenção. O medicamento age inibindo as enzimas PARP, que fazem parte da via onde o BRCA atua. Dessa forma, os inibidores de PARP atuam impedindo a multiplicação e eliminando as células cancerosas.
Está em avaliação nesta classe terapêutica:
Olaparibe
Foi submetido à ANS (Agência Nacional da Saúde Suplementar) para avaliação e incorporação aos planos de saúde o Olaparibe. A submissão do mesmo medicamento fez-se para duas indicações distintas, segue abaixo:
UAT 32 – OLAPARIBE - TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO PARA PACIENTES COM CARCINOMA DE OVÁRIO SEROSO DE ALTO GRAU, COM MUTAÇÃO BRCA 1 E/OU 2, RECIDIVADO E SENSÍVEL À PLATINA.
A indicação é para tratamento de manutenção de pacientes adultas comcarcinoma de ovário seroso (incluindo trompa de Falópio ou peritoneal primário) ou endometrioide, de alto grau (grau 2 ou maior), recidivado, sensível à platina e que respondem (resposta completa ou parcial) à quimioterapia baseada em platina.
UAT 33 – OLAPARIBE - TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO PARA PACIENTES COM CARCINOMA DE OVÁRIO, RECENTEMENTE DIAGNOSTICADO, DE ALTO GRAU, AVANÇADO, COM MUTAÇÃO BRCA E RESPOSTA À QUIMIOTERAPIA DE PRIMEIRA LINHA, BASEADA EM PLATINA.
Neste caso a indicação é para terapia de manutenção para pacientes adultas com carcinoma de ovário (incluindo trompa de Falópio ou peritoneal primário), recentemente diagnosticado, de alto grau (2 ou maior), avançado, com mutação BRCA, que respondem (resposta completa ou parcial) à quimioterapia em primeira linha, baseada em platina.
Ambas as indicações possuem parecer FAVORÁVEL À INCORPORAÇÃO pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Assim, ao manifestar-se na consulta pública, se for do seu acordo para a incorporação com base nas evidências apresentadas, é preciso selecionar a opção “Concordo com a recomendação preliminar”.
Mais informações disponibilizamos no passo a passo para contribuição na opção abaixo “Contribua Aqui”.